Endocrinologia da Hipocrisia
(www.teologiaanalogica.blogspot.com)
Por João Galilei
1 – Apresentação
João Galilei é o pseudónimo do prof. Francisco José Lins Peixoto, atualmente professor aposentado da Universidade Federal do Rio de Janeiro. A partir de 1988, começou a escrever textos que abordavam discrepâncias entre o que se propalava e a realidade dos fatos. Nessa época, apareceram os textos [1] e [2]. Lembramos aqui que os números entre colchetes indicam os títulos contidos na Bibliografia, que é o item 9 do presente texto.
A busca de um pseudónimo se justificou devido ao receio do autor de ser mal compreendido, ao mesmo tempo em que poderia suscitar uma certa imparcialidade no leitor devido ao desconhecimento momentâneo da pessoa que escreveu. A escolha do pseudônimo se deveu a dois personagens: o primeiro refere-se a João Batista, o profeta que foi degolado por denunciar um adultério, o segundo, Galileu Galilei, o cientista que livrou-se, por pouco, de ser morto na fogueira por demonstrar que o nosso planeta era redondo e se movia em torno do sol, ao invés da crença da época, de que o sol e todo o universo girava em torno da Terra.
Francisco nasceu em Maceió, em 27/02/45, estudou no Colégio Guido de Fontgalland dos 9 aos 17 anos, ingressou na Escola de Engenharia Federal de Alagoas aos 18 anos, formando-se na turma de 1967. Trabalhou como Fiscal de Obras do Departamento de Obras Públicas do Estado de Alagoas, de 1964 a 1970. Trabalhou na ENARC Engenharia de Fundações em 1972, ingressou no Curso de Mestrado da COPPE-UFRJ em 1973, defendendo sua Tese de Mestrado em 1976. prestando concurso público para professor na UFRJ em 1978, vindo a se aposentar em 1998. Casou-se com uma gaúcha, Clara Maria Dick, em 1980, e não tiveram filhos. Voltou a residir em Maceió em 2000, no sítio que herdou de seus pais.
2 - Introdução
Existem glândulas que controlam o metabolismo do nosso corpo e realizam um trabalho para dentro (Endo), que precisam de um profissional da área médica (Endocrinologista) e de exames para averiguação do funcionamento dessas glândulas, como os níveis de gorduras e glicose no sangue. Sem esse cuidado aprofundado, a pessoa corre o risco de ter algumas deficiências no funcionamento do organismo, que, se corrigidas a tempo, permitem ao paciente uma sobrevida maior, e ao contrário, adquirir sequelas irreversíveis.
De forma análoga, assuntos que são vitais para a nossa existência sobre o planeta, como a política, a religião, o ensino, a administração pública, a justiça, e tantos outros, são tratados de forma leiga, tendenciosa, ou são até omitidos na vida quotidiana dos cidadãos. Daí a necessidade de formadores da opinião pública, que agem de forma conscientizadora e libertadora.
3 – A Política
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Aprendemos que a palavra Democracia significa Poder do povo e que vivemos num regime democrático. Isso é o que devemos repetir para conviver bem com o sistema dominante. Fizemos um estudo do assunto e pesquisamos junto aos partidos políticos, pois nos filiamos ao PT, e depois, ao PPS. Descobrimos que vivemos numa Democracia Representativa. Logo, pode-se falar de outros tipos de democracia, como a Democracia Direta. O que me atraiu para o PT foi saber que lá havia cursos de Formação Política, e eu queria saber tudo sobre o funcionamento da política. Nunca encontrei o tal curso. Como autodidata, estudei a Lei de Formação dos Partidos, os estatutos e regimentos internos de alguns partidos, e publiquei alguns textos sobre o assunto no ano de 2007, como os das Bibliografias [3] e [6]. Embora eu tenha percorrido esse longo caminho, reconheço que não há necessidade desse intrincado conhecimento se atentarmos para os seguintes pontos de chegada:
3.1 - Se a Democracia tivesse sido atingida, a proposta de lei de que a maioridade penal seria de 16 anos teria sido aprovada pelo Congresso.
3.2 - A absurda distribuição de renda do País não teria se consolidado ao longo do tempo, como por exemplo, a média das aposentadorias do pessoal do Judiciário é de R$ 33.000,00 e o da classe política é de R$ 28.000,00.
Ora, um indivíduo receber mensalmente a quantia de R$ 33.000,00, enquanto outro recebe R$ 1.045,00, que representa a maioria do povo, é simplesmente inexplicável quando se afirma que vivemos numa democracia e com liberdade de expressão. A explicação aparece de diversas maneiras. Observa-se que o povo é levado a crer que ele tem a grande oportunidade de escolher o seu representante no dia da eleição. Porém, não se mostra que os candidatos são escolhidos no interior dos partidos, muito antes do dia da eleição. Se o povo, querendo, pode participar dos partidos políticos, é uma questão infrutífera, pois isso não se verifica, na prática, ficando o partido comandado por um pequeno grupo ou até por uma administração monocrática. Outro ponto a ser considerado, é que o candidato ao ser eleito, vai integrar o pequeno grupo de afortunados com possibilidade de aposentadoria de R$ 28.000,00, o que o impede de lutar por uma sociedade mais justa, pois estaria juntando argumentos contra si mesmo.
Assim, o cidadão comum terá enorme dificuldade de alterar esse estado de coisas incoerentes e injustas, restando a alternativa de não participar, ou seja, de não agregar ainda mais força a essa situação. Uma das maneiras é simplesmente anular o voto no momento da votação, por exemplo, digitar zeros e confirmar. O objetivo é se conseguir um grande número de eleitores que concordem com esse procedimento. Isso obrigará o sistema a criar uma maneira mais democrática do povo participar, pois uma eleição com um número elevado de abstenções denuncia falta de legitimidade.
4 – A Religião
Alguns estudiosos acham que a religião é o ópio do povo. Nós achamos que pode ser, ou não. No caso da religião católica, a mais tradicional do Brasil, ela adota a Bíblia Sagrada, que é o livro mais divulgado do mundo. Nada melhor do que o Capítulo 23 do Evangelho de S. Mateus [4] para explicar o alcance da hipocrisia, este capítulo podendo produzir a conscientização do indivíduo, ao invés de ser o “ópio do povo”.
De modo muito semelhante ao caso da Política, pouco pode-se fazer para mudar o que já foi introjetado na consciência do povo através de séculos, a ponto de se admitir que os erros dos sacerdotes serão julgados por Deus, cabendo aos fiéis se absterem de comentar tais casos [7] e [8].
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Resta apenas nos abstermos de fortalecer ainda mais essa ditadura, procedendo de modo a convencer outras pessoas a mudar suas atitudes:
4.1 – Evitar contribuir com dinheiro ou outro meio qualquer que vise o enriquecimento dos sacerdotes, sobretudo a comercialização dos sacramentos.
4.2 – Adquirir o domínio de pelo menos um dos Evangelhos, ou de algumas passagens, como por exemplo a oração do Pai Nosso, de modo a adquirir por si mesmo a confiança de que pode argumentar à luz do que está evidente no texto [5].
5 – O Ensino
Na Bibliografia 9 constata-se que Bertold Brecht não se descuidou de abordar a utilização do ensino para a defesa de ideologias que apoiem o sistema dominante:
“Haveria também, naturalmente, escolas nas grandes gaiolas. Nessas escolas, os peixes pequenos aprenderiam como se nada na boca dos tubarões. Aos peixes pequenos seria ensinado, por exemplo, geografia, para que pudessem encontrar os tubarões mais preguiçosos onde eles estivessem. O mais importante seria, naturalmente, a formação moral dos peixes pequenos. A eles seria ensinado que o feito maior e mais belo seria quando um peixe pequeno alegremente se sacrificasse, e todos eles deviam acreditar nos tubarões, sobretudo quando fosse dito que eles marcham para um grande futuro. Os peixes pequenos seriam convencidos de que este grandioso futuro somente estaria garantido se eles obedientemente aprendessem. Os peixes pequenos deviam se guardar de todas as tendências baixas, materialistas, egoístas e marxistas, e imediatamente avisassem aos tubarões se algum dentre eles tais tendências aparentasse.”
Esse tema é muito denso e não cabe aqui abordar todos os desvios. Preferimos dizer ao leitor que tanto esse assunto como todos os outros estão interligados, recomendando apenas a leitura atenta da Bibliografia [10]. Podemos exemplificar: Suponhamos que várias escolas públicas estão aprovando os alunos, no final do período, sem que os mesmos tenham tido sequer uma só aula de determinada matéria.
Uma luta para sanar todos esses absurdos fica estéril se não houver, simultaneamente, um planejamento familiar na região. Ou seja, mesmo após tudo ser corrigido, a população voltaria a crescer de forma desmedida, e os problemas voltariam a se repetir, pois as causas seriam as mesmas, se não for levado em conta o Planejamento Familiar.
6 – A Administração Pública
Esse é também um assunto extenso, mas completamente dependente da Política, pois os funcionários públicos são subordinados ao Poder Executivo, que por sua vez geralmente obedece aos políticos quanto às nomeações para os cargos de mando.
7 – A Justiça
A Justiça se coloca como o terceiro poder no governo da sociedade, e que só atua quando solicitada. A corrupção desenfreada nos poderes Executivo e Legislativo levou o terceiro
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poder a um patamar privilegiado, a ponto de até legislar, como no caso da Prisão em Segunda Instância.
Chico Whitaker [11] costumava dizer que o Executivo nada pode fazer sem a permissão do Legislativo, pois o Legislativo tem a função de fiscalizar o Executivo. Sendo assim, o Legislativo é o poder mais forte (Quando não se corrompe!). Agora, quem vai fiscalizar o poder Legislativo?
Cabe a nós também questionar: Quem vai fiscalizar o Judiciário? O Chico Whitaker propôs uma Rede de Cidadania [12], com grupos independentes que formariam “Comitês pela Ética na Política” e fiscalizariam as Câmaras de Vereadores. No fundo, a fiscalização terá que ser exercida pelo povo organizado, coisa que cada vez fica mais distante de acontecer.
No caso do Judiciário, não se tem conhecimento de alguma proposta semelhante. O que se pode fazer é relatar alguns “Cases Histories”, como os que já abundam na mídia televisada.
Os processos judiciais relativos à reintegração de posse da nossa herança estão detalhados no www.processosdomemorial.blogspot.com, onde podemos destacar o da Casa 64 [13] e o da Casa 86 [14]. O Despejo da Casa 64 encontra-se na fase de Execução de Sentença desde a sentença em 2a Instância em Dezembro de 2017 e a intimação do réu em Setembro de 2019. Explica-se: o ano de 2018 foi consumido para solucionar o Agravo em Recurso Especial da Defensoria Pública do Estado de Alagoas, e o ano de 2019 foi consumido para enfrentamento da Impugnação do Cumprimento de Sentença pela Defensoria Pública do Estado de Alagoas, e por último, a execução da sentença por via amigável foi ignorada pelo réu e a execução da sentença de forma coercitiva foi retardada até 04/08/20, e o despejo foi executado em 15/12/20.
De forma semelhante, a luta pelo recebimento dos aluguéis da Casa 86 se iniciou em 1995 com a visita aos inquilinos e envio de correspondências. Em Outubro de 2001, iniciamos a batalha jurídica no 5o Juizado Especial com o Processo de cobrança dos aluguéis, no bairro do Peixoto, que resultou apenas na cobrança dos aluguéis, sem o recebimento dos mesmos. Em outubro de 2004 foi dado início ao Processo de Usucapião contra a gente, que foi considerado procedente em Agosto de 2014, apesar do morador ter sido considerado inquilino no Processo do 5o Juizado Especial. Em Maio de 2016, foi revertida a sentença de Agosto de 2014, em 2a Instância. O fato da Justiça ter descoberto quem é o verdadeiro dono, não significa que o invasor deixe de morar no terreno, e danificando-o a seu bel-prazer. Por isso tivemos que abrir um novo processo, o de Despejo, em 14/08/18. A sentença dando o despejo imediato do invasor, em Julho de 2020, já em 2a Instância, também não significou a desocupação do imóvel, pois o processo tem que retornar à Vara de 1a Instância para ser instaurado um outro processo, denominado de Execução de Sentença, à semelhança do processo referente à Casa 64. Porém a tutela dos referidos imóveis irá continuar na mão dos invasores até que pandemia do Convid-19 deixar de interferir nas ações da Justiça.
A Fig. 7.1 mostra as duas áreas, correspondentes às casas 64 e 86. Pode-se ver que as mesmas dividem a área do Memorial ao meio, impedindo o trânsito direto entre a residência dos proprietários e a plantação no local denominado de Lixão. Ficando as opções de ir para o Lixão pela Rua Joana Rodrigues da Silva (Antiga Rua do Arame) ou percorrer um longo caminho, assinalado na figura como “Caminho da roça”, descendo até à grota e subindo do outro lado.
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Fig. 7.1 – Mapa do Memorial de Ephigênio Peixoto.
8 – Conclusões
8.1 – A hipocrisia está muito bem definida na narração do Cap. 23 do evangelho de S. Mateus. Ela retrata uma situação de alguém que prega uma coisa e faz outra
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completamente oposta ao que prega. Usamos essa analogia para mostrar que existe muita hipocrisia no manejo da sociedade, sempre enganando as pessoas. Os processos, mediante os quais o povo é enganado, relembram a endocrinologia porque precisam de um especialista para pô-los em evidência, ao reunir as avaliações e os exemplos.
8.2 – O casal Francisco e Clara tentou residir num bairro rejeitado pela sociedade e acabou por atrair sobre si todas as discriminações e perseguições que são autorizadas pelo status quo. A disposição para desafiar o status quo, conduziu o casal a coletar e documentar um grande rol de experiências capazes de evidenciar essas injustiças e conduzir os que se informem sobre esses acontecimentos para uma ampla mudança, revisando-se os comportamentos tradicionais, de modo que estes possibilitem um desenvolvimento humano compatível com o conhecimento científico da época.
8.3 – Tomando-se como exemplo o item 4 desse texto, ou seja, a religião, torna-se necessário uma nova tomada de decisões, caso se comprove que o sistema do clero não leva a uma evangelização do mundo, pelo menos na velocidade que seria necessária.
8.3.1 – Sendo assim, o Cap. 23 de Mateus não poderia permanecer desconhecido e sem a interpretação que foi dada na Bibliografia 4. Esse capítulo mostra que Deus (Jesus Cristo) se preocupou em deixar claro que o que estava ocorrendo na época de sua encarnação, e que precisava ser energicamente denunciado para servir também de imitação até o final dos tempos, como mostra o versículo 13 abaixo:
“Mas ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! pois que fechais aos homens o reino dos céus; e nem vós entrais nem deixais entrar aos que estão entrando”.
8.3.2 – Ora, se versículos tão contundentes como este povoam o Cap. 23 de Mateus, teremos que encontrar novos caminhos para continuar fiéis a Cristo e sermos felizes nos poucos anos que permaneceremos neste planeta. Para isso, devemos nos afastar da doutrina dos sacerdotes atuais. Cristo nos deu o exemplo: não se preocupou mais em ter a amizade dos sacerdotes, não voltou a fazer leituras nas sinagogas e nem fundou uma nova religião. Essa é a primeira conclusão: “A religião tem que ser pensada de forma diferente da tradicional”.
8.4 – O item 2, que se refere à política, é outro ponto que deve ser encarado como de estrema necessidade de ser pensado de forma bem diferente do que ocorre no Brasil. Cansamos de ver propagandas alienadas da importância do cidadão votar no dia das eleições, mas nenhuma informação sobre a importância dos candidatos serem democraticamente indicados dentro dos Partidos Políticos (Ver Bibliografia 15). Os que dominam a sociedade sabem que a maneira correta de escolha dos candidatos dentro dos partidos não é viável devido às outras deficiências decorrentes do planejamento do País. Por exemplo, a obtenção, por parte da população, da educação, da moradia, do emprego, e da segurança. Esses ítens, que foram os pilares da Constituição de 1988, não puderam ser concretizados porque a Constituição não indica a forma de obtenção de recursos e a forma de organização da sociedade para que sejam atingidas essas nobres finalidades. A classe dominante se mantém inerte quanto a esses progressos porque podem administrar a desgraça nacional sem ser afetada imediatamente pela ausência destas exigências da Constituição. Basta checar o balanço de cada integrante dos 3 poderes, por efeito constitucional, e do clero, por efeito da promessa de se alcançar o céu, que os registros de ativos são bem maiores do que os registros de passivos (Ver Bibliografia 16). A segunda conclusão é: a política deve ser pensada de forma diferente.
9 – Bibliografia
1 - O Leão e a Floresta no planeta desconhecido - postagem de dezembro de 2013, no site www.repolitica.blogspot.com.
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2 – Curso para animadores dos encontros de pais e padrinhos – postagem de Agosto de 2017, no www.coisasdopeixoto.blogspot.com
3 – O Cristão e a Política – postagem de Fevereiro de 2007, no www.repolitica.blogspot.com
4 – Evangelho de S. Mateus, Cap. 23, 1-39 – postagem de Janeiro de 2020, no www.Teologiaanalógica.blogspot.com
5 – Argumentos de uma tese – postagem de Maio de 2019, no www.coisasdopeixoto.blogspot.com
6 – Formação e Capacitação Política – postagem de Outubro de 2020, no www.coisasdopeixoto.blogspot.com
7 – Em nome de Deus, David Yallop – Editora Record, tradução de A. B. Pinheiro de Lemos, 1984.
8 – Ir. Míria – Algumas avaliações e conclusões – postagem de Setembro de 2020, no www.teologiaanalogica.blogspot.com
9 - Se os tubarões fossem homens - www.repolitica.blogspot.com, postagem de Outubro de 2008.
10 – Uma Explicação Razoável – postagem de Novembro de 2017, no www.repolitica.blogspot.com
11 – 299 Missa Afro 1 Chico Whitaker avi – YouTube vídeos, João Galilei/Missa da Paz.
12 – Rede de Cidadania Alagoana – postagem de Fevereiro de 2007, no www.repolitica.blogspot.com
13 – Texto Explicativo - Casa 64 – postagem de Julho de 2019, no www.processosdomemorial.blogspot.com
14 – Texto Explicativo – Casa 86 (1a e 2a Parte) – postagem de Julho de 2019, no www.processosdomemorial.blogspot.com
15 - 252 Rádio Gazeta e eleições 12 07 13 – vídeo postado no You Tube.
16 – Pai rico, pai pobre – Robert Kiyosaki e Sharon L. Lechter, Ed. Campus.
17 - Endocrinologia da Hipocrisia - postagem de Abril de 2022, no www.teologiaanalogica.blogspot.com
Maceió, 30/10/20
Francisco José Lins Peixoto
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