domingo, 24 de abril de 2022

Reunião para tratar das Missões - 04/08/2003

 

REUNIÃO PARA TRATAR DAS MISSÕES - Em 04/08/2003

 

Francisco José Lins Peixoto – Tel.: (082) 3356-1509

E-mail: franjolipeixoto@hotmail.com

www.repolitica.oi.com.br

 

            Como o mês de outubro é consagrado às missões, a comunidade S. Antônio reuniu-se no Centro Comunitário S. Antônio, na rua Cel. Paranhos, Jacintinho, Maceió-AL, no dia 04/09/2003, para decidir o que fazer durante esse mês.

            Uma reunião semelhante já havia ocorrido nesse mesmo Centro, no dia 24/08/2003, com a presença do Pároco, do Pe. Hesíodo e das freiras da Assunção, que tem atuação em vários países ( Canadá, Equador etc ).

É bom que se diga que tudo começou mesmo com uma reunião muito pouco participada, nesse mesmo Centro, no dia17/08/2003, às 15:00h.

João Galilei esteve presente a essas 3 reuniões e ficou refletindo sobre o assunto, entre uma reunião e outra.

Ele pensou as Missões a partir da 2a Dimensão da Fé. Sendo assim, deve ser algo que se faz costumeiramente, durante todo o ano. O mês de outubro seria um momento de congraçamento, de troca de experiências, e de união de esforços em torno desse tema. Porém essa Dimensão da Fé, assim como a 6a e a 5a , só pode ser atingida se a 1a e a 3a estiverem sendo intensamente vivenciadas. Nesse caso, essas Dimensões mais vivas e contundentes (2a , 5a, e 6a) realimentarão as outras (feedback), dando um especial brilho à 4a Dimensão, que é a mais cômoda e a mais praticada.

Então, para que a missão se desenvolva, torna-se necessário que o evangelizador tenha o que dizer ao seu interlocutor, mas sobretudo, tenha o que oferecer no interior da sua Comunidade.

Assim, João Galilei ficou observando o desenrolar da última reunião, sem que ocorresse algo de especial. Seus dois amigos também estavam impacientes, devido à monotonia dos acontecimentos e manifestaram o desejo de ir para suas casas. João Galilei ponderou que ficassem mais um pouco.

Passados mais alguns minutos, João Galilei aconselhou que seus amigos se retirassem, pois o tempo estava chuvoso e eles não tinham guarda-chuvas, mas ele ficaria para poder narrar o que por ventura viesse a acontecer. Assim eles procederam, pois também os ponteiros dos relógios já se aproximavam das 21:00h.

Nos minutos finais da reunião, quando tudo parecia se encerrar sem maiores novidades, uma voz se fez ouvir, inicialmente sem que se desse maior importância. Foi a voz do Fernando dizendo: "Esse deve ser um momento religioso, e não, político!"

Todas as luzes se acenderam na mente de João Galilei. A reunião passou a ter um novo brilho, ele sabia que aquela voz clamando no deserto não poderia se extinguir sem uma resposta. Alguém acrescentou que havia interesses por trás.

Foi então que a irmã da Assunção se levantou, e com expressão de indignação fez uma exortação: "Porque quando a viúva faz a sua oferta ninguém a anuncia, mas quando vem um político anuncia-se até o que ele deu. Isso não se devia fazer na missa. Pode-se obter um carro de som para as missões no sindicato dos professores ao invés de aceitar o de políticos. Não importa se provém do PT ou de outro partido".

O Ceará ponderou algumas coisas do outro lado e tudo se resolveu com a oração final de mãos dadas. João Galilei segurava a mão de D. Josefa, do lado esquerdo, e a mão de D. Nete, do lado direito.

A irmã da Assunção deu uma demonstração de algo que não conseguiu realizar no Jacintinho, apesar de toda caridade desinteressada que certamente se empenhou em propagar: o amor pela política, ou seja, pela forma mais digna de se fazer a caridade.

Ao contrário do pensamento da irmã, João Galilei achou muito interessante o acolhimento dado pelo Pe. Hesíodo ao vereador

Página 1 de 2

 

Jorge VI, anunciando que ele e sua família estavam presentes na missa. Além do mais, que o citado vereador havia doado ventiladores para o Templo e que o Padre ia providenciar a colocação imediata desses aparelhos. Foi também simpática a postura do vereador Jorge VI, ao permanecer no pátio da igreja, como qualquer paroquiano, enquanto a banda do asilo D. Bosco se apresentava.

Gostaríamos de dizer à irmã da Assunção que não somente o vereador Jorge VI venha participar e ajudar a nossa Comunidade a crescer, mas, se possível, que todos os outros vereadores assim o façam, se for essa a inclinação deles. Que o Espírito Santo os guie para esse fim.

Queremos dar uma nova dimensão para a irmã da Assunção aproveitar, a de que o vereador é um representante do povo, eleito pelo povo para essa função importante, diferentemente da viúva. Por isso toda autoridade deve ser anunciada num local público. O que faltou ao povo, foi a oportunidade de se capacitar politicamente. Uma pessoa bem formada politicamente, e com plena capacitação política, sabe que se deve prestigiar a Câmara de Vereadores, e em particular, acompanhar o desempenho de todos os seus representantes. A doação por parte de um vereador, não deve significar o compromisso de votar na sua chapa. O voto só pode ser uma decorrência do acompanhamento do trabalho cotidiano desse representante do povo, além de outras vinculações decorrentes da própria participação dessa pessoa politicamente capacitada. Ela obterá suficiente informação proveniente de sua participação na Pastoral Política de sua paróquia, das suas visitas à Câmara de Vereadores, de sua vinculação ativa a um partido político, do acompanhamento crítico das notícias dos meios de comunicação, etc.

Isso tudo é facilitado quando existe um bom entrosamento entre os grupos de uma Comunidade que se esforça para viver todas as Dimensões da Fé.

A tranqüilidade do Pe. Hesíodo na calçada do Centro Comunitário, na saída da reunião, mostra que sua humildade e paciência certamente o conduzirão para águas mais profundas. Desta vez ele prestou um serviço à Comunidade ao mostrar o que muitos querem que permaneça oculto.Parabéns, Pe. Hesíodo! Que Deus o abençoe!

 

BIBLIOGRAFIA

 

1-      CIDADANIA ATIVA – Fita de vídeo das Paulinas Editora – Chico Whitaker

2-      O CRISTÃO E A POLÍTICA - Fita de vídeo das Paulinas Editora – Chico Whitaker

3-      CONVERSANDO COM CHICO WHITAKER - Fita de vídeo das Paulinas Editora – Chico Whitaker

4-      A POLÍTICA SANTA – Peixoto, F. J. L.

5-      UMA PALAVRA AOS JOVENS - Peixoto, F. J. L.

6-      FORMAÇÃO E CAPACITAÇÃO POLÍTICA - Peixoto, F. J. L.

7-      CACHORRINHO ADESTRADO DO PT - Peixoto, F. J. L.

8-      REDE DE CIDADANIA ALAGOANA - Peixoto, F. J. L.

9-      TRAMITAÇÃO DA LEI CONTRA A CORRUPÇÃO ELEITORAL - Câmara Federal, Brasília.

10-  O QUE É VEREADOR - Chico Whitaker, Col. Primeiros Passos, Ed. Brasiliense.

11-  O QUE É DEPUTADO - Francisco Weffort, Col. Primeiros Passos, Ed. Brasiliense.

12-  O QUE É PODER - Gérard Lebrun, Col. Primeiros Passos, Ed. Brasiliense.

13-  REPOLÍTICA – www.repolítica.ong.org

14-  Christifideles Laici - João Paulo II

15-  Dois Séculos de História - Xerri, Jimmy, Gráfica D. Bosco, Recife-PE, 2001.

16-  EM NOME DE DEUS - Yallop, David, Ed. Record, Rio de Janeiro-RJ, 1984.

17-  IMPLOSÃO DA DEMOCRACIA NA COMUNIDADE S. ANTÔNIO - Peixoto, F. J. L.

18-  AOS PEREGRINOS DE JESUS - Peixoto, F. J. L.

19-  POLÍTICA - Peixoto, F. J. L. (Palestra proferida pelo autor no Encontro das CEBs, em 10/08/2003).

20-  LEI 9096 - Dispõe sobre partidos políticos.

 

ATENÇÃO: Esse texto encontra-se à disposição do povo nos locais:

 

PAPELARIA CENTRAL: rua Cleto Campelo, 538, Jacintinho, Maceió-AL,             

                   tel.: (082) 3320-1532/3505


PAPELARIA GLOBAL: rua Barão de Penedo, 280, Centro, Maceió-AL,                            

                    tel.: (082) 3326-5461

 

 

 

 Página 2 de 2

 

 

 

 



 

 

 

 

 

 

 

terça-feira, 19 de abril de 2022

Ir. Míria - Algumas avaliaçõe e conclusões

 

Ir. Míria - Algumas avaliações e conclusões

 

por João Galilei

 

www.teologiaanalogica.blogspot.com

 




1 – Introdução

2 – 50 anos de sacerdócio do Mons. Luiz Marques Barbosa

3 – Vídeo Proibido

4 – Curso de Canto Pastoral de 1985

5 – Cursos de 1986 a 1999

6 – Cursos no 3o Milênio

7 – Resumo das avaliações


Página 1 de 54 


         1) O meu temor com relação a escrever um texto muito longo, levando em conta a possibilidade de que as pessoas não disponham de tempo suficiente para ler e tirar conclusões, fez com que eu escolhesse, em primeira mão, um texto bastante compacto [20]. Porém pretendo, nesse item de avaliações e conclusões, acrescentar mais informações que sejam pertinentes ao caso.

         Por exemplo, a Fig. 7, que é uma das páginas de nossas agendas, demonstra que a amizade que foi consolidada entre nós e a Ir. Míria não aconteceu casualmente, ou seja, como bem explica o ditado: “A amizade é um caminho que precisa ser pisado muitas vezes”. Essa visita nossa à cidade de Santos-SP para aproveitar uma noite do Encontro de Música Sacra da Ir. Míria, em 07/07/00, nos trouxe a frustração de ver a Ir. Míria não ser atendida na sua súplica, quando pediu encarecidamente ao responsável pelo evento que permitisse a nossa entrada. Nos ofereceram uma sopinha como consolação. Voltamos imediatamente para o Rio de Janeiro, violão às costas, e continuamos nossas atividades normais. Logo a seguir, comparecemos ao Curso de Canto Pastoral no Rio de Janeiro, onde se pode ver a dedicatória da Ir. Míria no canto inferior direito da capa da apostila (Fig. 8).

O antídoto para a frustração, no nosso caso, foi acreditar que a amargura das situações pode se transformar num prazeroso aprendizado. De fato, ao escrever o texto sobre Mt 23, vi que a situação se encaixa perfeitamente no comportamento dos prosélitos [1].

 

         2) Estivemos na festa de 50 anos de sacerdócio do Mons. Luiz Marques Barbosa, em Arapiraca, no dia 15/08/01. Não o conhecíamos, mas fomos informados pela Ir. Míria, durante o Curso, de 24 a 27/07/01, no Rio de Janeiro, de que ela estaria em Arapiraca, para a festa de um amigo, junto com outros participantes dos cursos de canto, e seria uma boa oportunidade para nos encontrarmos novamente.

         De fato, verificamos as presenças de Frei Joel Postma. Pe. Ney Brasil, Cônego Amaro, e até do Mons. Geraldo Villas-Boas (Da Paróquia S. Rita, bairro do Farol, Maceió). Aproveitei para visitar o Pe. Aldo, que foi nosso catequista na Capela de S. Antônio, no bairro do Jacintinho, Maceió, por volta de 1952. Ele era pároco da principal igreja de Arapiraca (Ver Fig. 9).

         As evidências documentais deste episódio nos faz perceber que houve sempre uma certa empatia entre nós e a Ir. Míria.

 

         3) Além do vídeo apresentado durante o julgamento do Mons. Luiz Marques Barbosa, que embora muito desagradável, pode ser encontrado e visto na Internet, após uma busca minuciosa, os incrédulos podem também encontrar inúmeros textos, na Internet, sobre o depoimento dos implicados, como o que mostramos após a Fig. 9, em itálico e negrito [12]:

Página 2 de 54